Grupo trocava biometria, fotos e documentos de clientes
Policiais civis do Rio de Janeiro prenderam, nesta segunda-feira (8), três pessoas suspeitas de praticar crimes cibernéticos contra agências bancárias. Segundo a Polícia Civil, eles seriam integrantes de uma organização criminosa que age em todo o país. O prejuízo causado pelos criminosos chega a R$ 40 milhões em todo o país.
O esquema funcionava com o apoio de funcionários de agências bancárias e trabalhadores terceirizados, que instalavam dispositivos eletrônicos na rede do banco.
“Já conectados à rede do banco, os criminosos, se valendo da credencial de funcionários, obtidas fraudulentamente, ou com auxílio de funcionários cooptados, acessam o sistema do banco e realizam as operações de interesse, tais como movimentações e troca de dados cadastrais, como foto, identidade e assinatura, e até de biometria”, diz o relatório da DRF.
O delegado Moyses Santana explicou que a quadrilha tinha 2 principais objetivos depois da invasão da rede do banco:
realização de transações financeiras fraudulentas, subtraindo valores de contas de terceiros em proveito dos criminosos;
extração de informações confidenciais para utilização em outros crimes ou comercialização das informações.
A investigação contou com relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontaram movimentações financeiras suspeitas nas contas dos investigados. Em menos de 2 anos e meio, um dos alvos movimentou R$ 2,5 milhões.
Seis inquéritos estão em andamento na Delegacia de Roubos e Furtos para investigar a invasão da rede de agências bancárias no RJ.
O Banco do Brasil informou que as investigações iniciaram a partir de uma apuração interna que detectou irregularidades, comunicadas às autoridades policiais. O BB possui processos estabelecidos para monitoramento e apuração de fraudes contra a instituição, adotou todas as providências no seu âmbito de atuação e colabora com as investigações do caso.