PF identifica e caça hackers que causaram prejuízo de R$ 1 milhão à Caixa Econômica
Polícia Federal identificou 5 mil comandos de fraudes em Pix, saques e boletos
A Polícia Federal deflagrou na última terça, 19/11, a Operação Internus, com o objetivo de cumprir seis mandados de busca e apreensão em Fortaleza (2) e Redenção/PA (4), expedidos pela Justiça Federal, no combate a fraudes identificadas em uma agência da Caixa Econômica Federal na capital cearense.
A operação é resultado de uma investigação que teve início após a análise de relatos encaminhados pela Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da Caixa Econômica Federal (CEFRA).
A investigação apontou a ocorrência de mais de 5 mil comandos que possibilitaram diversas operações aparentemente fraudulentas (pix, saques e pagamentos de boletos), autorizadas manualmente no sistema interno da instituição, sem a presença física dos clientes, utilizando as credenciais de um funcionário lotado em agência de Fortaleza. As fraudes apuradas ocorreram pelo menos entre junho de 2022 e janeiro de 2023, tendo sido utilizados dados de quase 3 mil clientes, resultando em mais de R$ 900 mil de prejuízos.
A apuração abrange a atuação de um funcionário da agência e outras pessoas que podem estar relacionadas a ele, todos suspeitos de estarem envolvidos nas fraudes. Os crimes em investigação incluem associação criminosa, peculato e inserção de dados falsos em sistema de informações, sem prejuízo de outras implicações penais que possam ser verificadas no decorrer da investigação – especialmente no que tange à estruturação de uma possível organização criminosa e fraude bancária eletrônica. As penas máximas somadas para esses crimes podem ultrapassar 25 anos de reclusão.
Além dos dados acima citados, imagens de videomonitoramento permitiram identificar a participação de outros indivíduos e as investigações continuam a fim de esclarecer todos os detalhes do esquema criminoso e a identidade e papel de todos os envolvidos.
A operação Internus é fruto de mais uma ação conjunta entre a Polícia Federal e a Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da Caixa Econômica Federal, que identifica as movimentações suspeitas e comunica às autoridades competentes, fornecendo todas as informações necessárias para o avanço das investigações.